domingo, 24 de julho de 2022

É, eu sei que faz tempo.

Depois de alguns -vários, longos e intensos-, anos, estou de volta. Muitas coisas aconteceram, muitas outras, não. Hoje é um domingo típico –contudo, a tempos não tinha-,: Daqueles cheios de nostalgia, lembranças, esperanças, medos.. enfim, todas as sensações afloradas de uma forma mais evidente. Estou ouvindo uma música que costumava ouvir em 2009 - James Morrison - Please Don't Stop The Rain, e de algum modo me sinto acolhido pelo tempo, pelas vivências, pelos acontecimentos pelo meu eu de ontem, que habita uma das várias partes que me compõe hoje. Ultimamente tenho me encontrado mais reflexivo, no entanto, somente hoje tive coragem de me propor, a me ouvir, me escutar e me sentir, já que as tentativas de abafar tudo isso tem sido em vão. Gostaria de compartilhar algumas sensações sobre: Felicidade e Vida. Sim, ambas juntas. Penso que ao longo da fases de nossa vida, damos entendimentos diferentes sobre felicidade e o que é ser feliz, há no entanto, a necessidade de destacar, desde cedo, que, a felicidade –não momentânea-, estável, aparece após os trinta, pois bem, já se passaram três anos dos tão esperados e temidos 30tão. E me surgiu uma(s) grande(s) interrogação(ões):Sou feliz? O que é felicidade pra mim? DO que eu ‘abriria mão’ para ser feliz? Como eu me vejo daqui há 5 anos? E por ai vai. Obs: Não vou expor as outras questões por enquanto. São questões que passaram batido, sem uma necessidade aparente de responde-la(s), ainda assim, entendo que nunca, de fato, fiz questão de entender o que está por detrás destes questionamentos. Entendo e sinto que há um grande espaço vazio – Não quero passar a mensagem de que não valorizo as emoções e pessoas que me acolhem hoje, quero dizer que, apesar disso, ainda sinto falta de algo/alguém/alguma coisa/EU. Parando para refletir sinto que, desde muito tempo há um espaço que não é preenchido/ocupado/visitado, obviamente, há muitooo tempo atrás esse espaço foi ocupado por elementos temporários, os quais evidentemente não foram capazes de me proporcionar felicidade, estabilidade e sensação de completo, talvez, pelo contrário, garantiram e reforçaram a ideia do espaço vazio e a insegurança do futuro, tornando necessária, mais uma vez a reflexão sobre vida e felicidade. Cada dia que passa é um dia a menos vivido e que não nos esforçamos o bastante para encontrar a felicidade e sermos de fato, dentro da totalidade, felizes. Muitas coisas impactam, especialmente em 2022- um período pós-pandemia-, mesmo antes (de 2020) já notava que haviam grandes fragilidades nas relações afetivas, considerando que as pessoas estavam cada vez mais inclinadas a resolverem problemas de cunho financeiro, expectativas, frustações, necessidades mundializadas pela necessidade do consumo, mais próximas do mundo virtual, mais distantes uns dos outros, há um impacto disso na forma como nós nos relacionamos, e seguimos vivendo, muitas vezes ocupados a semana toda, aguardando o final de ‘semana para aproveitar’, aproveitar para: ver os amigos, dormir, limpar a casa, fazer sexo, passear, cortar o cabelo, fazer a unha, fazer nada. Muitas vezes me sinto muito representado por essa organização, me propondo a fazer a isso, pautando na justificativa: é necessário. É preciso. Todo mundo faz. Não recordo, quando genuinamente, em uma terça-feira peguei o telefone e linguei pra meus amigos e disse: vamos sair jantar? Vamos ao cinema? Vamos fazer alguma coisa? VAMOS VIVER!? E sobre essa pressa, esse agito, essa forma de anularmos uma de nossas necessidades mais importantes e que garantem de fato a qualidade de vida, que é ser e estar feliz. Mesmo próximos do final do ano de 2022 (Estamos em julho, mas sinto que o ano já esta se acabando, ok), estou me propondo a refletir com relação aos meus questionamentos, tendo em vista que são assuntos emergentes e necessários a serem pontuados para que de fato as ações que me conduzam ao futuro possam ser transformadas em ações práticos. Enquanto isso, vou me esforçar ao máximo para aproveitar todos os momentos de todos os dias. Tentar ver as potencialidades da felicidade, ficar em paz com as coisas que não posso lidar, e talvez deixar pra amanhã um pouco das atividades que posso, tentar me aprofundar e criar vínculos mais profundos. Boa semana!

Eu sou'

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- Como tudo está em transformação e em movimento. Mudei meu jeito de agir, pensar, refletir, me comunicar com os outros e assim está sendo, muito feliz com as minhas Novas perspectivas...

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